quinta-feira, 5 de março de 2009

De 2006 e atual

Não é o frio que dá quando passo pela orla:
na barriga, na pele e no peito
Não são as lembranças de outrora
Nem mesmo o medo:
de morrer sozinha, ser comum ou infeliz
Até o de virar memória e sorriso pequeno
no rosto de quem amei, já não temo mais
E tudo o que acontece e vive e pulsa,
eu já nem me importo e não olho para trás
Mas é que a tristeza que dá quando passo pela orla:
no pescoço, no coração e no ouvido
É dor e prazer
E eu tenho medo, sim, de me perder nas lembranças
buscando um pouco de felicidade
E abandonar o viver porque a maior dor desse mundo
Ela é minha e ela é só

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